sábado, 28 de fevereiro de 2015

Paraguai cria benefícios para atrair indústrias com mão de obra barata e energia de Itaipu

De acordo com Denilson Pawowski a aliquota de 1%, mão de obra barata e a parceria com a Itaipu que fornece energia elétrica são grandes atrativos para empresários investirem no Paraguai. Veja o que foi publicado na Folha de São Paulo.


O baixo preço da energia elétrica de Itaipu (projeto em sociedade com o Brasil) e o uso de um sistema de produção copiado das "maquiladoras" do México transformaram o Paraguai no novo destino da indústria brasileira.
Em 11 anos, 51 fábricas iniciaram a produção no Paraguai, utilizando o sistema de maquila -um regime tributário especial que permite às empresas a importação de insumos, a manufatura e a exportação, pagando apenas uma única alíquota de 1%.
Das 51 indústrias instaladas sob o regime maquila, 23 são brasileiras e 17 foram para lá nos dois últimos anos. Todas correm para aproveitar a vantagem fiscal, trabalhista e energética em relação às condições no Brasil.
"A diferença de custo entre o Brasil e o Paraguai é enorme e isso nos dá grande vantagem competitiva quando entramos com o nosso produto aqui", afirma Romualdo Devito, sócio da Colortech.
A empresa produz pigmentos para a indústria cerâmica desde dezembro de 2011. A fábrica está instalada próxima ao Brasil, em Ciudad del Este, no Departamento de Alto Paraná. Não por acaso. Toda a produção é destinada exclusivamente ao Brasil.
CHICOTE ELÉTRICO
Esse aliás tem sido o modelo adotado por empresas que foram para o Paraguai, como, por exemplo, a Fujikura, fábrica que produz chicotes elétricos vendidos para montadoras brasileiras.
Segundo Laura Villalba, diretora de promoção e investimento do setor de Regime de Maquila do Ministério de Indústria e Comércio paraguaio, o governo analisa neste momento vários projetos industriais de empresas brasileiras. Ela não revelou o número. "Os novos investimentos são confidenciais", diz.
A Dedini, importante indústria de bens de capital no Brasil para o setor sucroalcooleiro, pode ser a próxima a se instalar no Paraguai.
A agência paraguaia para promoção de exportações e investimentos montou um escritório em Curitiba (PR) para prospecção de empresas.
"Temos pelo menos três negociações em curso", diz Sebastian Bogado, adido comercial paraguaio no Brasil.
SEM PRECONCEITOS
O negócio tem atraído tanta atenção que uma consultoria brasileira se especializou no apoio a investidores nacionais interessados em cruzar a fronteira.
Segundo Roger Simas, sócio da Consultoria Panamericana, parte do trabalho é vencer o preconceito com o país vizinho. "O Paraguai foi suspenso do Mercosul por causa do impeachment do presidente Fernando Lugo e não houve qualquer mudança de regras para quem estava lá."
Autoridades paraguaias têm feito rodadas internacionais atrás de investidores.
No início de abril, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo organizou um encontro em São Paulo. Empresas já instaladas lá apresentaram as vantagens comparativas com o Brasil. Parte dos industriais paulistas não gostou da iniciativa.
Mas, a despeito disso, um novo encontro, já batizado de Semana do Paraguai na Fiesp, está sendo negociado e pode ocorrer até novembro.
"O Paraguai é uma das alternativas para avançarmos na integração das cadeias produtivas em nossa região", afirma Rubens Barbosa, presidente do Conselho Superior de Comércio
Exterior da Fiesp. Ele também acha que o país vizinho é uma alternativa, em termos de custos, para a indústria local.
O ano de 2013 promete ser positivo para o Paraguai. O Banco Central do país prevê crescimento de 13%.
 
Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Paraguai seduz Brasil com privilégios fiscais para empresas

O consultor Denilson Pawowski traz mais um artigo que demonstra os benefícios do Programa Maquila. A matéria foi publicada recentemente na revista Exame.

As empresas de maquila se nutrem de trabalhadores que ganham pouco mais que o salário mínimo mensal, de 1.658.232 guaranis (R$ 832) e se beneficiam de legislação trabalhista mais flexível
Da EFE
Assunção - Inspirado no modelo mexicano, o Paraguai se oferece como "aliado estratégico" para empresas de países vizinhos que querem reduzir custos, sobretudo o Brasil, às quais garante mão de obra barata e um tributo único de 1% sobre o valor agregado a seus produtos.
Para isso, o Paraguai implantou em julho de 2000 o chamado sistema de "maquila", pelo qual empresas localizadas no país - a maioria na Grande Assunção e em Ciudad del Este - produzem bens ou serviços com produtos importados a preços baixos e mão de obra barata sob incumbência de uma matriz estrangeira para serem destinados à exportação.
Desde então, 7.000 paraguaios trabalham em 52 empresas que adotam esse sistema, a maioria delas instalada entre os anos de 2011 e 2012, quando geraram exportações de US$ 142 milhões e US$ 140,9 milhões, respectivamente, segundo dados divulgados à Agência Efe pelo Conselho Nacional de Indústrias Maquiladoras de Exportação (CNIME).
No primeiro semestre deste ano, o volume exportador chegou perto de US$ 74 milhões, o que confirma o sucesso de um regime que atraiu sobretudo empresas do setor têxtil, mas também do químico e farmacêutico, calçados e couros, eletrônica ou serviços de "call center".
As matrizes ficam isentas de qualquer imposto ou taxa aduaneira e só assumem um tributo único de 1% sobre o valor agregado do produto dentro do território paraguaio.
"Com esta ferramenta, o Paraguai se fortalece como porta de acesso ao Mercosul", oferecendo ao investidor boas condições em custos produtivos e tributários, que transformam o país em "aliado estratégico para a produção e participação no comércio internacional", anuncia o Ministério de Indústria paraguaio em seu site.
De fato, 72,5% das exportações de 2012 tiveram como destino outros países do Mercosul, sobretudo Brasil e Argentina, e as demais se dirigiram a Tailândia, Indonésia, China, EUA, França, Itália, México e Índia, segundo o CNIME.
Mustafá Shihade, dono da empresa MMKM S.A., registrada no regime de maquila desde 2001, fabrica roupas esportivas em Ciudad del Este, na Tríplice Fronteira que abrange Brasil, Paraguai e Argentina.
De origem palestina, com 42 anos de residência entre Brasil e Paraguai, Shihade declarou à Efe por telefone que abriu sua "maquila" com 11 trabalhadores e agora conta com 220 e fatura US$ 2,5 milhões por ano "graças aos incentivos do governo que permitem competir com empresas de outros países".
"Nossa despesa é baixa, não tanto como a da China, mas somos competitivos. Estamos em um lugar estratégico", destacou o empresário, cujos principais clientes são brasileiros.
As empresas de maquila se nutrem de trabalhadores que ganham pouco mais que o salário mínimo mensal, de 1.658.232 guaranis (R$ 832) e se beneficiam de uma legislação trabalhista mais flexível que no Brasil ou na Argentina.
Shihade garante que paga a seus empregados entre 2,3 milhões (R$ 1.155) e 4 milhões de guaranis (R$ 2.009) para os mais produtivos e antigos, em um país cujo salário médio era de 1.866.936 guaranis (R$ 937) em 2011.
"A maquila é positiva para a etapa inicial do desenvolvimento de um país, é um pequeno passo adiante para a indústria incipiente paraguaia, mas a longo prazo não é a solução, porque se cria uma classe trabalhadora com condições mais que questionáveis", disse à Agência Efe o professor de Comércio Internacional da Universidade Autônoma de Assunção, Jesús Ángel Martín.
"Tecnicamente, é um regime de admissão temporária, a empresa se instala no Paraguai com matéria prima trazida de qualquer lugar e tem um tratamento fiscal privilegiado; sua mercadoria nunca chega diretamente ao mercado paraguaio, por isso não lhes são cobrados impostos", explicou.
Segundo o especialista, "o precedente imediato é o México, que criou um tecido industrial de unidades de montagem" e atraiu 99% de investimentos estrangeiros provenientes dos EUA.
"Mas tem coisas boas e más, você consegue criar uma indústria, mas os imensos benefícios não voltam ao país de origem, os funcionários mexicanos trabalham em uma situação muito dura e não há transmissão de tecnologia da matriz", argumentou.
No Paraguai, a maioria das maquiladoras são brasileiras, embora também haja as de Argentina, Holanda, Alemanha, Taiwan, China, Canadá ou Coreia do Sul, por isso o investimento está "mais disperso e não há uma dependência de um só cliente, como no México", acrescentou Martín.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Petrobras anuncia redução no preço do combustível para o Paraguai

G1

Quem mora em Ponta Porã, MS, atravessa uma avenida e faz economia. Preço da gasolina está mais barato que no Brasil e deve cair ainda mais.

A Petrobras anunciou a quarta redução seguida nos preços dos combustíveis, só que no Paraguai. A empresa brasileira é uma das principais fornecedoras para o país vizinho.
Quem mora em Ponta Porã só precisa atravessar uma avenida para fazer economia, na hora de encher o tanque. O preço da gasolina já está mais barato que no Brasil, R$ 2,97, e vai cair ainda mais.
A Petrobras anunciou que a partir da segunda-feira de carnaval (16), o litro deve chegar a R$ 2,80, valor que pode ter uma pequena variação por causa da cotação do dólar, referência para a conversão de moedas.
Esta é a quarta vez, só este ano, que a Petrobras anuncia uma redução nos preços dos combustíveis, no Paraguai. Outras duas distribuidoras seguem o mesmo caminho de queda nos valores da gasolina e do óleo diesel porque no mercado internacional, o preço do barril de petróleo vem caindo.
No Brasil, o cenário é diferente e para o consumidor, a matemática está complicada. O que provocou o reajuste dos preços, no início de fevereiro, foi o aumento dos impostos sobre os combustíveis: PIS e Cofins, que tiveram impacto médio de R$ 0,22 sobre a gasolina e R$ 0,15 sobre o diesel.
A presença de brasileiros nos postos paraguaios aumentou mais de 20% nos últimos 15 dias e a expectativa de vendas é ainda melhor para a próxima semana, quando os preços na bomba devem cair ainda mais.

Aumento de impostos no Brasil é mais um bom motivo para Projeto Maquila no Paraguai



Por Denilson Pawowski

Os bancos e consultorias ouvidos pelo Banco Central projetaram ontem crescimento zero para o PIB este ano no  Brasil . E várias instituições estão prevendo queda de 0,5%. A MB Associados está com a previsão de um PIB negativo de 1%, a mesma calculada por Alexandre de Ázara, sócio e economista-chefe do Banco Modal, que ainda estima inflação de 7,9%. Na produção industrial, os números estão sendo revistos para baixo há cinco semanas seguidas pelo mercado financeiro, com a ameaça cada vez maior do tarifaço e do racionamento de energia. Há um mês, a projeção era de alta de 1%.
O governo colhe agora o que plantou. O problema é que quem paga pela má colheita somos nós. A alta da inflação, o tarifaço de energia, a alta dos juros vão retirar renda das famílias. A administração errática da presidente Dilma produziu queda de confiança em todos os segmentos empresariais. E agora pesa sobre as famílias e as firmas o risco do racionamento de energia. Com isso a solução para muitos empresários é diminuir custos. Isso só é possível através de incentivos que inexistem no Brasil. O Paraguai está na frente quanto a isso e vem apresentando um  crescimento  exemplar. Com uma política seria vem atraindo a atenção de empresários do mundo todo.

Saiba  mais  através  da  página do  facebook - Negócios  Internacionais

Denilson Pawowski
Consultoria  e  Serviços  Empresariais.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

MIC: exportações de Maquila cresceram 64%

Para o consultor Denilson Pawowski, os investimentos deste regime continuam com uma tendência ascendente com a confirmação de empresas internacionais que se instalarão no país nos próximos meses.
De acordo com o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), a maior proporção de bens Maquilados tem como destino o Brasil e a Argentina.
A exportação de bens de maquila cresceu 64% até o mê de maio, em relação ao mesmo período de 2013. Entre os produtos mais exportados no mês passado estão as confecções e têxteis, com uma participação de 22,9%, 21% de autopeças, couro e suas manufaturas com 19,6%, de acordo com o relatório do Conselho Nacional das Indústrias Maquiladoras de Exportação (CNIME) do MIC.
Os embarques acumulados até maio somam USD 100,8 milhões, ao passo que durante os primeiros 5 meses do ano passado somaram USD 61,4 milhões. No mês anterior , as exportações atingiram USD 26,8 milhões. Outro item de importância nas exportações totais da indústria maquiladora corresponde a serviços intangíveis, com 4,7%.
74 % das exportações de maquila durante o mês anterior foram destinadas ao Mercosul , a maior partes para os mercados brasileiro e argentino. Os 26 % restantes foram para os Estados Unidos, Vietnã, Tailândia, e também Indonésia, Chile e França.

INVESTIMENTOS
Entre os grandes investimentos podem ser mencionadas XPlast Artefactos Plásticos y Metálicos, com USD 30 milhões e que projeta somar esta mesma quantidade na expansão da fábrica em Ciudad del Este. A empresa fabrica utilidades domésticas e brinquedos para o Brasil, Uruguai e até mesmo para o mercado interno, mas a maior parte da produção segue para o mercado brasileiro.
A fábrica utiliza 50 toneladas de resinas e artigos plásticos por dia, apenas com brinquedos gera entre 50 e 60 mil unidades por dia, de acordo com relatórios.
Um elemento importante a considerar no momento é o desembarque de empresas que estão entre as mais importantes internacionais dentro da categoria de plásticos e autopeças, como Yazaki e Sumitomo, esta última projeta iniciar suas operações  no próximo ano.  O Ministro da Indústria e Comércio, Gustavo Leite, informou que em breve uma outra empresa de autopeças oficializará sua chegada ao Paraguai.
Fonte: La Nacion (tradução livre).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Paraguai cresce no ritmo da maquila

Para começar, Denilson Pawoswski trás uma excelente matéria, publicada ano passado no jornal Gazeta do Povo, que mostra exemplo de empresa brasileira bem sucedida em Ciudad de Leste e que recebeu incentivo do Programa Maquila.
A  empresa brasileira X-plast fabrica brinquedos, utilidades domésticas, mesas e cadeiras de plástico em Ciudad del Este: 70% da produção é exportada para o Brasil
Embalado por um crescimento econômico de dar inveja aos vizinhos sul-americanos – o PIB cresceu 14,1% em 2013 –, o Paraguai aos poucos deixa para trás a pecha de primo pobre do Mercosul e se torna uma vitrine para novos investimentos. Um dos pilares desse desenvolvimento são as chamadas “maquiladoras”, empresas que importam peças e componentes de matrizes estrangeiras para que os produtos sejam manufaturados (montados) no Paraguai e depois exportados.
O país tem hoje 60 maquiladoras nos mais diversos setores, das quais pelo menos 20 são de capital brasileiro. São confecções, indústrias têxteis, fábricas de plástico, autopeças, autopartes e até call centers. Algumas têm natureza mista e foram constituídas a partir de parcerias entre investidores brasileiros, paraguaios e argentinos. Há também aportes de japoneses, coreanos e espanhóis.
Inspirada na legislação mexicana, a Lei de Maquila do Paraguai (nº 1.064/2000) prevê isenção de impostos para importar maquinários e matéria-prima. Quando a mercadoria manufaturada deixa o país, o imposto incidente corresponde a 1% sobre o valor da fatura de exportação.
Secretário-executivo do Con­­selho Nacional de In­­dús­­trias Maquiladoras de Exportação do Paraguai, Ernesto Paredes diz que 80% das exportações são destinadas a países do Mercosul. Até 15 de maio deste ano, as vendas das maquiladoras para o exterior somaram cerca de US$ 80 milhões. Em 2013, o total chegou a US$ 150 milhões. A perspectiva, segundo Paredes, é do crescimento continuar. “Entre o ano passado e este ano, temos 17 novos projetos.” O empresário brasileiro Moacir Menon, que atua no ramo de comércio exterior no Paraguai, diz que a perspectiva de crescimento das maquilas é de 30% ao ano.

Ambiente favorável
O regime fiscal da maquila não é o único atrativo para os empresários investirem no Paraguai. O país tem um ambiente econômico favorável incentivado pela baixa carga tributária, energia elétrica quase 50% mais barata em relação ao Brasil, além de uma legislação trabalhista mais flexível, com encargos sociais 35% mais em conta.
“Você tem preço para competir em nível mundial e no Mercosul. Lá, nos sentimos como um industrial gerando riquezas”, diz o vice-presidente da Federação de Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Nelson Hubner. O empresário está prestes a instalar uma unidade maquiladora no ramo metalmecânico no Paraguai.
Em fevereiro, ele integrou uma missão brasileira, formada por 178 industriais e representantes de entidades, que visitou o Paraguai para conhecer o ambiente para negócios. A impressão dos brasileiros foi a melhor possível. 

Publicado na Gazeta do Povo em maio de 2014.
Este blog, criado pelo bacharel de direito e administrador Denilson Pawowski tem como principal objetivo abordar diversos assuntos a respeito do Programa Maquila, aplicado no vizinho país Paraguai que oferece incentivos às exportações e aprovação da lei de parcerias público-privadas para tocar obras de infraestrutura. Garante ainda que os custos de produção são inferiores aos brasileiros.

Veja aqui no blog Negócios Internacionais o que é o Programa Maquila.

Aqui, Denilson Pawowski irá publicar diversos assuntos, comentários, casos de sucesso a respeito do Programa Maquila.