Paraguai cresce no ritmo da maquila
Para começar, Denilson Pawoswski trás uma excelente matéria, publicada ano passado no jornal Gazeta do Povo, que mostra exemplo de empresa brasileira bem sucedida em Ciudad de Leste e que recebeu incentivo do Programa Maquila.
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A empresa brasileira X-plast fabrica brinquedos, utilidades domésticas, mesas e cadeiras de plástico em Ciudad del Este: 70% da produção é exportada para o Brasil |
Embalado por um crescimento econômico de dar inveja aos vizinhos
sul-americanos – o PIB cresceu 14,1% em 2013 –, o Paraguai aos poucos
deixa para trás a pecha de primo pobre do Mercosul e se torna uma
vitrine para novos investimentos. Um dos pilares desse desenvolvimento
são as chamadas “maquiladoras”, empresas que importam peças e
componentes de matrizes estrangeiras para que os produtos sejam
manufaturados (montados) no Paraguai e depois exportados.
O país tem hoje 60 maquiladoras nos mais diversos setores, das quais pelo menos 20 são de capital brasileiro. São confecções, indústrias têxteis, fábricas de plástico, autopeças, autopartes e até call centers. Algumas têm natureza mista e foram constituídas a partir de parcerias entre investidores brasileiros, paraguaios e argentinos. Há também aportes de japoneses, coreanos e espanhóis.
Inspirada na legislação mexicana, a Lei de Maquila do Paraguai (nº 1.064/2000) prevê isenção de impostos para importar maquinários e matéria-prima. Quando a mercadoria manufaturada deixa o país, o imposto incidente corresponde a 1% sobre o valor da fatura de exportação.
O país tem hoje 60 maquiladoras nos mais diversos setores, das quais pelo menos 20 são de capital brasileiro. São confecções, indústrias têxteis, fábricas de plástico, autopeças, autopartes e até call centers. Algumas têm natureza mista e foram constituídas a partir de parcerias entre investidores brasileiros, paraguaios e argentinos. Há também aportes de japoneses, coreanos e espanhóis.
Inspirada na legislação mexicana, a Lei de Maquila do Paraguai (nº 1.064/2000) prevê isenção de impostos para importar maquinários e matéria-prima. Quando a mercadoria manufaturada deixa o país, o imposto incidente corresponde a 1% sobre o valor da fatura de exportação.
Secretário-executivo do Conselho Nacional de Indústrias
Maquiladoras de Exportação do Paraguai, Ernesto Paredes diz que 80% das
exportações são destinadas a países do Mercosul. Até 15 de maio deste
ano, as vendas das maquiladoras para o exterior somaram cerca de US$ 80
milhões. Em 2013, o total chegou a US$ 150 milhões. A perspectiva,
segundo Paredes, é do crescimento continuar. “Entre o ano passado e este
ano, temos 17 novos projetos.” O empresário brasileiro Moacir Menon,
que atua no ramo de comércio exterior no Paraguai, diz que a perspectiva
de crescimento das maquilas é de 30% ao ano.
Ambiente favorável
O regime fiscal da maquila não é o único atrativo para os empresários
investirem no Paraguai. O país tem um ambiente econômico favorável
incentivado pela baixa carga tributária, energia elétrica quase 50% mais
barata em relação ao Brasil, além de uma legislação trabalhista mais
flexível, com encargos sociais 35% mais em conta.
“Você tem preço para competir em nível mundial e no Mercosul. Lá, nos
sentimos como um industrial gerando riquezas”, diz o vice-presidente da
Federação de Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Nelson Hubner. O
empresário está prestes a instalar uma unidade maquiladora no ramo
metalmecânico no Paraguai.
Em fevereiro, ele integrou uma missão brasileira, formada por 178
industriais e representantes de entidades, que visitou o Paraguai para
conhecer o ambiente para negócios. A impressão dos brasileiros foi a
melhor possível.
Publicado na Gazeta do Povo em maio de 2014.
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